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quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Noturno








Nos soturnos labirintos deste solano sentimento, encontro 

refúgio na luminosa frieza de teu urbano olhar atento, 

astuto, 

fortuito, que magicamente aborta-me da ortodoxia deste 

claustro onde, aflito, conduzo em minhas mãos, ataúdes de 

dor e solidão, como um bom presságio das benzedeiras 

que, 

nos murmúrios de suas orações, retiram todo o quebranto e 

a inquietação desta profusa e amarga saudade, presente na 

                       imensa planície de meu coração.                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                        J. R. Messias 



Imagem: web.

terça-feira, 9 de setembro de 2014

Poesia pra ti


Decifrar-te é como ler o destino na borra de café no fundo da 
xícara ou como tentar traduzir um "Finnegans Wake" de Joyce. 
Desafio que diligentemente arrisco-me a propor, cada vez que 
mergulho neste teu mundo sereno, convulso e agnóstico em apnéia 
quase suicida mas que, são e salvo, quando retorno a tona capitalizo o prazer de gozar de tua lira poética, de tua prosa, repletas dessa tua abençoada impaciência e intransigência, que se revela, por trás de tudo, com frescor de um bom, maturado *Cabernet blanc, sorvido a beira de uma cálida lareira, muito bem acompanhado. 


J. R. Messias


Imagem: Web

Poema dela.






A princípio, hermética, criteriosa, quase criptografada. Um ser 

lampejante nas expressões imagéticas que, tal qual uma 

fêmea selvagem, atrai suas presas pela solidez de seu olhar, 

e magnetismo de seu sorriso quase lacônico. Expressão 

absoluta de quem perscruta, sorrateira, seu alvo. Uma 

predadora que sucumbe suas vítimas com o poder de suas 

palavras e as garras de sua eloquência, até a submissão ao 

               seu nicho poético de prazer e imensidão.                                                      




J. R. Messias

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Taré







Minhas palavras degustam tua seiva, amada minha, elas se 

encharcam de ti, lambuzam umas as outras formando um 

todo. Indizível e saboroso gozo,  alimento e prazer que 

encontra em minha boca, o porto, a morada e eu o bebo, 

apaixonado no pulsar de amor recoberto e guardado,

pelo mais puro segredo







J. R. Messias



Imagem: web.

terça-feira, 2 de setembro de 2014

Chuva das duas


Chuva vesperal,
que cai, conduzida 
por alísios ventos
e que, ao solo, se esvai.

Trazes frescor, alento
e também sofrimento,
numa convectiva origem,
úmida, intensa, ao setentrional
inverno, a demarcar.

Numa nebulosa sincronia,
e um trovejar intenso,
nos convida a refestelar 
e numa boa rede, 
nossa sonolência, repousar

E quando ela findar e 
o dia fenecer em um 
belo entardecer, a praça irei,
saborear um fumegante tacacá.


             J. R. Messias


Imagem: www.forumdigitalfoto.com