Pelo peitoril da janela,
vislumbro as formas precisas
de um belo chão de mosaico
e o verde musgo que brota nos muros
umedecidos por tantas invernadas.
Esse cheiro de mato molhado,
trazido pela brisa da tarde,
confunde-se com o cheiro de tua carne,
branca, abundante e profana,
onde, entre as tuas pétalas, vou repousar.
Depois, pelas esquinas solitárias
das tardes de domingo,
a luz grená do sol se fragmenta
em um vertiginoso rumorejar,
onde, de mãos dadas, vagamos
por entre verdes túneis e o
cintilar de seculares azulejos,
na paz de um amor
partilhado e mergulhado
nos tantos olhos d'água de nossos corpos
e em tantos beijos roubados.
J R Messias
vislumbro as formas precisas
de um belo chão de mosaico
e o verde musgo que brota nos muros
umedecidos por tantas invernadas.
Esse cheiro de mato molhado,
trazido pela brisa da tarde,
confunde-se com o cheiro de tua carne,
branca, abundante e profana,
onde, entre as tuas pétalas, vou repousar.
Depois, pelas esquinas solitárias
das tardes de domingo,
a luz grená do sol se fragmenta
em um vertiginoso rumorejar,
onde, de mãos dadas, vagamos
por entre verdes túneis e o
cintilar de seculares azulejos,
na paz de um amor
partilhado e mergulhado
nos tantos olhos d'água de nossos corpos
e em tantos beijos roubados.
J R Messias
A imagem tem tudo a ver com esse poema;
ResponderExcluirNos remete a esses tempos remotos onde os beijos
só roubados k. ou escondidos.
Ouvindo o "poema sujo", de Ferreira Gullar, veio-me a vontade de escrever este "vintage poem"
ResponderExcluirAbraços.