Amor frio,
em um coração vazio,
onde as palavras percolam
pelo substrato da alma
tal qual um desejo,
vontade que se transmutou
nesta analgesia, uma agonia,
um querer sem poder,
um amar, mas
de mãos vazias
um corpo sedento,
cedendo ao abandono,
a incúria de um fim
sonolento, descrente
e proscrito a dor e letargia.
J. R. Messias