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quarta-feira, 27 de junho de 2018

Cortante



Os delírios, crueza que traduzo
no pranto de meus desatinos, emoldurados
por esta reticente solidão,
trazem a fidedigna agonia 
que esgarçou a trama deste amor,
urdido na delicadeza da seda,
mas clivado, pela cunha cúmplice
do tempo, uma impunidade 
que transmutou o que parecia
intemporal fantasia,
na lúcida expressão
sofrente e vazia,
de letargia e dor.



                                   J R Messias

sábado, 23 de junho de 2018

Croquis

Resultado de imagem para amor geométrico



Fiz desse desejo, um esboço

onde esquadrinhei meu metódico amor,

tracei juras e plotei minhas ilusões

de um coração ainda moço.

Para isso, usei a escala apropriada,

nem grande e nem pequena, 

para que coubesse no coração,

todo o tamanho deste carinho

calculado pela emoção.

Mensurei, calculei, tracei e medi,

como se um sentimento,

pudesse ser planejado,

como se o amor,

pudesse ser quantificado

e como se a paixão,

pudesse ser delimitada,

débil sonho de quem, do amor,

foi subtraído. 





J. R. Messias

terça-feira, 19 de junho de 2018

Consequente


Resultado de imagem para outono


Por minha anódina alma,
tua luz pediu passagem
a esta abrasiva saudade,
escoada, a debalde, pelos 
escusos caminhos percorridos,
mas que serviram de rastros,
para te guiarem até este 
incauto portador de uma
sanguínea paixão,
obscurecida pela solidão,
e delineada pela infinda
ausência, tão repleta 
de tua icônica presença.
Numa dor vietnamita,
alterosa tal qual uma palafita
ao longo dos ribeirões da vida,
aguço minha sede para alcançar
tua imagem diáfana, isquêmica,
mas benigna, a desfibrilar
esta sublimada paixão,
a estender seus braços
que tantas vezes 
envolveu vazios
de uma vida liquefeita
de lamentos, abandonos e silêncios,
os quais, deliberadamente, gozei-os,
na constatação tardia dessa
infrutescência outonal e vazia

                           
                                  J R Messias

quarta-feira, 13 de junho de 2018

Romanceado


Resultado de imagem para romance


Na temática romântica destes versos,

conduzo, solene, a minha solidão,

numa vertiginosa rota de colisão,

com a devassidão  de tua alma pagã

e na fome de possuir tua carne,

ardente como "febre terçã".


Esse desejo, que vocifero aos quatro ventos,

nidificou neste coração descrente e maculado

por uma espera inesgotável de 

fazer dos teus sonhos, os meus

dos teus limites, o nosso prosseguir

e do meu carinho, o elixir para amenizar 

todas as dores, como bálsamo que purifica

todas as chagas da paixão.


Que meu corpo e meu abraço,

sejam o teu cobertor a te proteger

das noites frias de solidão

que minha boca e minhas palavras,

sejam as fontes emissoras 

de todas as formas de te dizer,

te amo.



                                       J. R. Messias

terça-feira, 5 de junho de 2018

Sarraceno



Resultado de imagem para arte árabe


Tal qual um Beduíno, 

caminho, tendo a frente,

um inóspito deserto de inquietações,

que traduzem os percalços que, subalterno

enfrento, contrito, na procura

de um alento que permita-me encontrar

a chave que liberte-me

desta clausura Saariana e

desta Espartana carência de amar.

Que seja, pelo menos, um profano mantra

que destile a dormência  que capture e adestra,

coração e alma, a este quebranto viver,

a esta analgesia dolorosa e porosa,

que deixa impurezas em meu coração

que, convulso e resiliente,

prostra-se no Islamismo de uma oração,

na fé de encontrar nestas preces,

o milagre para livrar-me da solidão.







                J. R. Messias