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segunda-feira, 21 de março de 2022

Primazia


 Como num jogo de espera,

faço o movimente que 

ela me permite (ou tolera),

no  limiar de um objetivo,

um limite monocrático,

inspirado em (minhas) regras, 

delimitadas pelos desejos do coração,

trincheira cândida 

a ser transposta na jogada ilógica,

e na palavra exata, que roça a pele

e incendeia a libido,

liberando teu cheiro que inebria as lembranças,

faina que dedico com zelo,

no acariciar de teus pubianos pelos,

no labirinto desse medonho destino confesso,

atravessando caminhos, avessos

ao teu perdão cáustico, mas elástico,

como a extensão métrica e mórbida

das paixões incompreendidas

em corações sequiosos

de uma harmonia sorvida 

sapientemente, pelo brilho

de teu olhar e da saliência 

sugestiva de teus mamilos.


                                      J  R  Messias

2 comentários:

  1. Poema sensualíssimo e erótico. Há primazias incríveis.

    Abraços e bom abril.

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  2. Por mais que tente, nunca vou superar as avalanches eróticas de seus poemas.
    Abraços, Céu.

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