Procura-se entre ruas e avenidas, centro e periferia, o brilho do amor almejado e fantasiado, numa busca urbana, cigana e profana.
No centro, o vazio da solidão, urbanizada pela concretude de almas perdidas, abandonadas e a deriva na artificialidade deste espaço marcado por um egoísmo carente e pela insalubridade de sentimentos.
Na periferia, encontra-se multidões presas pela distância mesquinha, não apenas física mas também circunvizinha do abandono, centralizada na indiferença social e humana onde os amores nutrem-se do absenteísmo da esperança e da indiferença do olhar.
Diferentes realidades que refletem diferentes formas de amar a clivarem, no espaço urbano, a construção e a constituição de sentimentos ausentes, carentes e presentes.
Nossa, que lindo!
ResponderExcluirUma mistura de aforismos com a busca dos sentimentos "extintos"
Vi-me andando nestas ruas e vielas, sou muito observadora, tímida(não atrás do monitor, deve ter percebido pela quantidade de palavras, rs...) enfim, aqui fora, mesmo do meu jeito retraído, observo atentamente as pessoas, e, é como se ouvisse os seus pensamentos, sempre separei muito bem os instrumentos no arranjo de uma canção, e, em meio ao caos de um centro urbano, há o "grito calado" de tantos sonhos delicados...
Amei demais, muito sensível, parabéns!
Um terno abraço, Lu.
Grato, Lu. Eu ia tentar fazer uma poesia mas comecei escrever tanto que quando olhei, tava mais com cara de prosa.
ResponderExcluirTens razão, a cidade tem tanto a nos revelar, tanta poesia oculta por ser escrita, tanta dor nos semblantes cansados pela labuta diária.
Quanto a timidez, somos dois. Consigo escrever aqui no blog ou falar muito por ser professor e a profissão exige isso de mim.
Gosto desse seu "hemorragia", abundância, torrente de palavras. Os tímidos são assim mesmo.
Abraço, Lu.