Na plenitude dessa saudade da falta que sinto, do teu olhar e de teu sorriso Contemplo a solidão como um espectador submisso e contrito aos teus ditames e desejos O amargor dessa distância se reflete nesta angústia infindável e emblemática que não tem cura nem pausa Mas que queima viva solene e constante neste coração apartado e contraído de saudade Pela sutilidade implacável de tua sublime imagem pela ausência corpórea De tua altivez etílica e pelo silêncio tonitruante do teu falar intrusivo. J. R. Messias
Delineado nas curvas do tempo perfilado na constância da história, a mecânica dessa ausência é preenchida por lembranças fractais. Teu egoísmo explícito transpira, efusivo assustando o meu querer e embaralhando os sentimentos contidos no continente dessa alma amorosa Escassos são os espaços legados para por ti deleitar meu tristonho e saudoso olhar que se esgueira temeroso e discreto pelas frestas do cotidiano No ingênuo, emotivo e sublime momento de contemplar-te nem que seja por um breve segundo. J. R. Messias
O tempo deixa marcas na alma como escórias latejantes que marcam nossa mente e pensamentos de lembranças prementes. Busco arrancar, em vão as raízes encravadas de saudade no meu incauto coração e carente de tanta paixão Delineio nas páginas de minha vida imagens fractais que exprimem a complexidade desse lírico querer de forma contida Pois o platonismo desse amor imbrica-se na práxis de uma solidão na espera desesperada de acolher essa saudade solapada de dor. J. R. Messias
Ela não sabe o quanto a esperei O quanto quis agregar nossa saliva nosso suor nosso gozo Apático levo, esquivo, este tempo no aprendizado da dor cotidiana e carente de seu olhar do seu abraço do seu beijo Buscando nas fantasias e nos meus sonhos migalhas de lembranças de um desejo de sutis olhares e de prazeres irrealizados J. R. Messias