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segunda-feira, 31 de março de 2014

Urbano amor


Procura-se entre ruas e avenidas, centro e periferia, o brilho do amor almejado e fantasiado, numa busca urbana, cigana e profana.
No centro, o vazio da solidão, urbanizada pela concretude de almas perdidas, abandonadas e a deriva na artificialidade deste espaço marcado por um egoísmo carente e pela insalubridade de sentimentos.
Na periferia, encontra-se multidões presas pela distância mesquinha, não apenas física mas também circunvizinha  do abandono, centralizada na indiferença social e humana onde os amores nutrem-se do absenteísmo da esperança e da indiferença do olhar.
Diferentes realidades que refletem diferentes formas de amar a clivarem, no espaço urbano, a construção e a constituição de sentimentos ausentes, carentes e presentes.

quarta-feira, 26 de março de 2014

Unforgetable

Nunca esquecerei a doçura
de teu cativante sorriso
e a sonoridade melódica
de tua voz

Nunca esquecerei 
a languidez sensual
de teu melancólico olhar,
a fitarem os meus.

Nunca esquecerei o calor
de teu desejado corpo
a maciez de teu abraço
e a delicadeza de teu afago

Nunca esquecerei
o magnetismo de nossos corpos
na geometria dos encontros
e na álgebra dos desejos

Onde beijos, abraços e êxtase
repetidos, alternados e reiniciados
levam-nos a plenitude do amor
na somatória infinita dos apaixonados.


                           J. R. Messias

Incontornável










A cada passo dado,

dispersa na poeira da estrada,
os resquícios de sua imagem.

A cada senda que caminho,
espraia-se na névoa da manhã,
a sinuosa visão de teu corpo.

A cada porta atravessada
isola-me da visão do teu olhar,
imagem desse amor renegado

Em cada claustro que me instalo
aprisiono, também, meu coração,
e acorrento esta paixão.

A cada dia que passa,
meu cotidiano anoitece,
somente as velas iluminam
a obscuridade dessa solidão.



                                      J. R. Messias

sábado, 22 de março de 2014

À la carte


Ser feminino e múltiplo,
heterônima na forma de expressão
variada na sua composição,
combinação digna de degustação.

Se fosse um prato de entrada,
seria frugal e levemente provocante,
discreta na medida certa
equilibrada sem ser abundante.

Se fosse o prato principal,
seus contornos seriam mais picantes,
eivada de um sabor acentuado,
a aguçar paladares mais exigentes.

Se fosse uma  sobremesa,
mostrar-se-ia cromática e deleitosa
com toques  adocicados de  mel,
para concluir esta viagem,
gastronômica e amorosa.


                                        J. R. Messias

segunda-feira, 17 de março de 2014

Romanceado

Na temática romântica destes versos,
conduzo, solene, a minha solidão,
numa vertiginosa rota de colisão,
com a devassidão  de tua alma pagã
e na fome de possuir tua carne,
ardente como febre terçã.

Esse desejo que vocifero aos quatro ventos,
nidificou neste coração descrente e maculado
por uma espera inesgotável de 
fazer dos teus sonhos, os meus
dos teus limites, o nosso prosseguir
e do meu carinho, o elixir para amenizar 
todas as dores, como bálsamo que purifica
todas as chagas e temores.

Que meu corpo e meu abraço,
sejam o teu cobertor a te proteger
das noites frias de solidão
que minha boca e minhas palavras,
sejam as fontes emissora e receptora
de todas as formas de te dizer,
te amo.


                                       J. R. Messias

Repleta


De uma feira livre,
tens todas as cores.
de uma perfumaria,
todos os odores.
De um restaurante,
todos os sabores.
De um butiquim,
todos os licores.
Dos sentimentos,
todas as alegrias e dores
De tua mente,
toda a sensibilidade
De tuas mãos,
toda a poesia e
todos os formatos
de amores.




                              J. R. Messias

quinta-feira, 13 de março de 2014

Nautilus



Neste labirinto pelo qual navego, cada esquina se traduz em  

variados escaninhos a desafiar minhas dúvidas e 

contradições. Para cada um que escolho, dissemina-se um 

vendaval de consequências mórbidas com os quais duelo 

enfrento meus medos. Sigo o meu caminho, tal qual uma 

nau 

errante em busca de seu porto seguro, singrando os mares 

do destino, açoitado por vendavais que pulverizam sonhos e 

esperanças. Só os faróis longínquos, pulsam o seu brilho, 

como se fossem acenos de adeus a desejarem meu eterno 

                              voltar.                               




 J. R. Messias



Imagem: jrmessi/Picasa

domingo, 9 de março de 2014

Solene


A fuga de uma dolorosa paixão,
fraciona em frágeis fragmentos sentimentais
uma frenética ilusão de apartar-se de vez
dessa sua infame frieza.

Paixão cultivada no ardil dos tempos,
segredado no silêncio das estepes, 
cantado nas rimas de tantos versos e
agora silenciado pela solenidade 
de teus vis caprichos de mulher.

A sonoridade da dor que grita em meu ser
é incapaz de alcançar teu eupátrida coração
legando, dessa forma, ao meu,
o solene abandono de um amor outonal
e pra sempre, cativo ao teu.



                              J. R. Messias