A ANTAQ (Agência Nacional de Transportes Aquaviários), encomendou par a Universidade Federal de Santa Catarina, um projeto piloto preliminar sobre a hidrovia Araguaia-Tocantins. Tal proposta incluiria a criação de terminais hidroviários nos municípios de Conceição do Araguaia, São Félix do Xingu, Breu Branco e Baião.
A preocupação pela criação desta hidrovia é a de demonstrar que o sistema hidroviário "não é apenas uma opção, mas o melhor caminho para o movimento de cargas no Brasil" (Jornal Diário do Pará).
A tabela abaixo, justifica esta afirmativa:
Custo de 1 ton. de carga transportada
Ferrovias - US$ 5
Rodovias - US$ 22
Aerovias - US$ 67
Hidrovias - US$ 1
Os estudos indicam que o momento exige, além de custos menores no transporte de cargas, menores impactos no meio ambiente e as hidrovias causam menos menos impactos ambientais e menores custos nos transportes. Além do mais, novas fronteiras agrícolas e minerais na Amazônia, exigem novos sistemas de embarque e desembarque de produtos e o transporte hidroviário é o mais viável.
A bacia do Araguaia-Tocantins, abrange estados do Pará, Mato Grosso, Tocantins, Maranhão e Goias,
com cerca de 767 mil Km2 de rios, envolvendo o Araguaia, Tocantins e o rio das Mortes. Pelo projeto piloto, em 2030, a movimentação de cargas por este sistema , seria de 48 bilhões de toneladas/ano (soja e minério de ferro).
O cenário econômico que define a importância desse sistema hidroviário, inclui o início das atividades da ALPA (Aços laminados do Pará), em Marabá, com potencial de produção de cerca de 2,5 milhões/ton. de lâminas de aço (1,85 milhão para exportação). Outro elemento importante é a construção do terminal portuário na cidade de Baião com projeção de carga de 500 mil toneladas/ano
de produtos florestais, leite, óleos etc, com o aumento dessa capacidade para 800 mil toneladas em 2030.
Segundo este projeto piloto, a redução dos custos logísticos e de transportes, na Amazônia, com a implantação da hidrovia, será de R$ 2 bilhões/ano. Do jeito que está hoje, projeta-se um custo operacional, se comparado com a existência da hidrovia, apresentaria tais valores:
Sem hidrovia Com hidrovia
Custos
Operacionais 2015 - R$ 7 bi R$ 5 bi
2030 - R$ 11 bi R$ 8 bi
O governo federal vê a necessidade de melhorias no escoamento da produção nos portos do Brasil e o Pará é um dos alvos preferenciais, principalmente para a estratégia de direcionar cargas e distribuição de combustíveis no Norte e Nordeste. As vantagens comparativas da região, viabilizaria esta estratégia.
J. R. Messias - Geógrafo
Fonte: Jornal Diário do Pará (01/02/2014)
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