destas lembranças,
signos derivados
de sentimentos percolados,
dessa incauta paixão.
O teu olhar,
sortilégio que abrigou-me
da tirania e do tédio,
um olhar de ébano,
como um rastro de luz
para apaziguar a dor.
Tua voz,
repleta na firmeza
impositiva dos desejos,
que soavam como um canto,
um benfazejo a emprenhar,
os dutos, com inolvidáveis
sussurros.
Teu corpo,
figura translúcida,
como um diáfano véu
angelical,
preencheu espaços
de minha alma,
numa líquida e absorta
sapiência de mulher,
a transpor, pelo carinho,
as diversas formas,
de nunca deixar-me
sozinho.
J. R. Messias