A existência, marcada pelo fogo do amor e pelas lavas ejaculadas de minha paixão, inundam esta eterna solidão, de lembranças desta vida, guardadas no saguão da espera, donde contemplo, atônito, o entardecer deste ebúrneo desejo, mesclado por entre dejetos, num jorro tardio, deste encapsulado prazer que por ti nutro, inescrupulosa imagem deste sincero desejo de te saborear. J R Messias
Lembranças esparsas, fruto de um insensato viver, por entre amores inconclusos que assombram meus amotinados desejos, a singrarem pelos ribeirinhos aningais, por onde vivo a vagar, esconjurando sortilégios e desapegos, de tantos amores que tresandavam tristezas, mas que não negaram-se de incutir delicadezas, vestais oferendas que carrego em meu coração, para um dia, com ela desfrutar, na incúria analgesia de teu amar, pois não há como o amor por esta mulher, negar. J. R. Messias imagem: google.
Passageiro de um idealizado viver, atado por cordames desgastados por tantas esperanças desfraldadas ao vento além, navego cabotando as perfídias oclusas em sorrisos, malícias e desenganos. Por isso, saúdo a chegada de garrafas de náufragos, repletas de sonhos por liberdade, na escassez faminta dos abraços e palavras amorosas, tatuadas na alma de quem espera, num sincretismo de desejos vãos, a implorar por alísios ventos que possam nestes insulares sonhos, não apenas navegar, como também encontrar guarida para estes sonhos, ancorar. J R Messias