O suor que nossos corpos derramam, inunda este mar de sentimentos, transcritos e aflitos, em telúricas revelações, a imolar minhas assoberbadas paixões nesta indômita rede de encantamentos que se espraiam pelos quintais deste desejo patriarcal e extraconjugal, até hoje insepulto, e que se esconde, astuto, em cada verso que escrevo e em cada suspiro do gozo que despejo. J R Messias
Conduzo uma esperança utópica, que sobrecarrego em meu pesar, desgastada tal qual pintura envelhecida pela corrosão eterna dos amores inconclusos, estacionados nos acostamentos da vida. Por isso, cotidianamente afiro o calibre da minhas paixões, na busca de melhor precisar os contornos morais de tua exigente forma de viver e amar E por entre arestas infindas dos encontros acíclicos, esconjuro os maldizentes proferidos pela desesperança, e desato a amaldiçoar impropérios, na forma de preces no afã de um dia descortinar teu corpo e, quiçá, alma, acondicionando-te nas cercanias desta paixão aflita, maldita, desdita e sequiosa, na busca de teu querer. J R Messias
Espreito esquinas, no silêncio das madrugadas, solerte nos pensamentos, mas probo, em meus desvairadas desejos. Prescruto sendas, escuto desejos desditos, prescrevo sentimentos proscritos. Na abstrata inanição desta bruta castidade, estática agonia, numa densa melancolia. J R Messias