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sexta-feira, 9 de fevereiro de 2018

Curare

Pelas escarpas do tempo,
trago nas mãos as marcas
de tanto escalar as muralhas
que interpõem-se entre a minha
e a tua saudade, erigidos que foram,
como cárceres em porões 
onde vicejam flores fúnebres 
onde o frio afia sua navalha
e aguçando arestas,
numa solidão letal e carente 
deste amor arterial e pulsante que traz
em uma convulsão, uma  hemorragia,
a cura ou o placebo para estancar
essa agonia.


                                                   J R Messias

8 comentários:

  1. Simplesmente lindo!!
    Beijo e bom fim de semana

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    Respostas
    1. Obrigado, Cidália e um bom fim de semana, além de um excelente Carnaval luzitano.
      Abraços.

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  2. Poema muito bonito.
    cump

    Kique

    Hoje temos preferências

    Sexo por cima ou por debaixo

    https://caminhos-percorridos2017.blogspot.pt

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  3. Realmente a solidão é como navalha cortante, é preciso reagir e seguir em frente, eis a cura! Belos e contundentes versos.

    Feliz findi!

    Bjss!

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    Respostas
    1. Prazer em tê-la de volta e mais ainda, receber o carinho de suas palavras.
      Abraços.

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