terça-feira, 30 de outubro de 2018
terça-feira, 23 de outubro de 2018
Gutter
Os rastros deixados,
sossobrados na poeira do tempo,
são hoje, escaras da alma,
atemporais sentimentos
lacerados pela desesperança
de um sonhar,
herança simbólica de
rituais legados pelos teus dogmas,
catalizadores de uma fé excusa,
que no peito se acumula,
como se fosse a súmula
que simula uma catarse digna,
que o destino designa,
a consumação de uma paixão
apócrifa, situada numa solidão
silenciosa e pérfida,
um abrasivo para o coração.
J R Messias
terça-feira, 16 de outubro de 2018
Poros
Pelos interstícios da pele,
enrugada e úmida,
transpira uma paixão,
que ao meu corpo adere,
como se fosse sina ou promissão.
Por minha boca e lábios,
absorvo a tua, sedenta e faminta,
a pronunciar em voz rouca,
esta vontade, afobada e aflita,
manifesta no grito de teu orgasmo,
climax de uma fêmea infinita.
Minhas trêmulas mãos,
que tuas ancas agarram,
provocam a ereção fremente de meu falo,
um convite ardente a este regalo,
que nossos corpos se lançam,
estregues a esta heresia,
de desejos, luxúria, e, por fim,
harmonia.
J R Messias
terça-feira, 9 de outubro de 2018
Ruiva
Teu corpo,
maturado pelo tempo,
expressa em seu esguio
delinear,
segredos e promessas,
guardados no íntimo da alma
e nas fibras de um austero coração.
Teu corpo, que não é celestial,
mas tem luz própria,
detém uma luminosa aura
em constante ebulição,
a viajar por entre estrela e desejos
na busca do que mais lhe apetece,
um regalo, um carinho
ou até mesmo...um beijo,
para que sua luz interior
resplandeça em seus cabelos,
como o escarlate sol do entardecer
J R Messias
segunda-feira, 1 de outubro de 2018
Servil
No lamuriar da chuva
que precipita, penitente,
esboço traços lacrimejados,
por esta desdita paixão,
que desnorteia o meu querer,
enclausurado nesta insofismável espera,
que transcorre no tempo e no espaço,
a adulterar sentimentos e
replicar sofrimentos,
fragmentados pela clivagem
do abandono, que transmuta
em preságio, as excentricidades
amorosas guardadas no coração,
e muitas delas, abandonadas
nos entroncamentos da solidão.
E depois tantas léguas percorridas
por entre desatinos e promessas,
umedecidas pelas lágrimas
já esgotadas de meu pranto,
tu vens acabar com esta aridez,
com tua língua corsária e adestrada,
que serpenteia meu corpo a dentro,
a saborear o desespero sequioso e agônico
de um desejo que vilipendias e acorrentas
aos obsequiosos caprichos,
de teu indômito querer,
a macerar, de amores, os meus.
J R Messias
esboço traços lacrimejados,
por esta desdita paixão,
que desnorteia o meu querer,
enclausurado nesta insofismável espera,
que transcorre no tempo e no espaço,
a adulterar sentimentos e
replicar sofrimentos,
fragmentados pela clivagem
do abandono, que transmuta
em preságio, as excentricidades
amorosas guardadas no coração,
e muitas delas, abandonadas
nos entroncamentos da solidão.
E depois tantas léguas percorridas
por entre desatinos e promessas,
umedecidas pelas lágrimas
já esgotadas de meu pranto,
tu vens acabar com esta aridez,
com tua língua corsária e adestrada,
que serpenteia meu corpo a dentro,
a saborear o desespero sequioso e agônico
de um desejo que vilipendias e acorrentas
aos obsequiosos caprichos,
de teu indômito querer,
a macerar, de amores, os meus.
J R Messias
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