As palavras precipitam sobre o papel
Gotejam versos que escoam
Por telhados etéreos
E rimas que molham
Jardins estereis
Nutrem a fome indizível
Das almas dormentes
Lavam os interstícios
Onde a beleza está ausente
E iluminam a obscuridade
Que grassa os seres carentes
Cliva de forma massiva
A dor e a solidão
Ventila e areja
Os compartimentos insalubres do coração
Destila, indulgente
O veneno que entorpece
O amor adormecido nas
Sombras da ilusão.
J R Messias