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quinta-feira, 1 de maio de 2014

Orvalho


Amanhece, brumado, mais um dia,
morgado por uma incauta esperança
de uma busca quase insone
de uma paz que, burlesca, insiste
em contrariar meu renovado coração
Entardeço neste apanágio de dor
de prenúncios e desilusões 
vilipendiando momentos 
que remetem a um despertar
para o estoico sentido da solidão
Anoitece e as esperanças jazem agora, insepultas
na percepção onírica de meu exausto cansaço
onde, na cama, busco o acalanto encontrar 
e tua presença mágica desfrutar
nessa utopia diáfana de meu adormecer 
entregando, ao acaso, meu confinado desejo
no efêmero desejo de meu sono amanhecer
ao teu lado, minha vida, enternecer.


J. R. Messias


14 comentários:

  1. Utopia da alma. Delírios que cabe a cada um vivenciar o seu. Utopia do desejo, do querer ter perto. Utopia da esperança já desesperançosa pelo o que ser tem agora e o que um dia poderia ter.
    Se te tivesse, se pudesse tantas coisas mas logo fico no confinado desejo, no efêmero querer.
    O amor tem dessas coisas: algumas vem e ficam, outras vem e logo vão embora.

    Abraço.

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    1. Meninos! e o pior é que, na maioria das vezes, ficam principalmente em corações eternamente apaixonados.
      O bom da utopia é que sempre resguarda a tua esperança
      de dias e amores melhores.
      Abraços, Trio.

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    2. Mas nada que um novo amor, para curar um velho hehe... Quem sabe! Abraço, boa semana!

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    3. Olhe! tem certos amores que são insubstituíveis, são raros de acontecer na vida da gente mas quando acontecem te pegam pelo coração, mente, corpo e sexo (esqueci mais alguma coisa?). Tentar encontrar um amor que substitua este, tão completo é quase impossível. Quanto a troca do velho pelo novo, funciona bem com coisa materiais mas as coisas do coração........
      Abraços, turma.

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  2. Extremamente belo e tocante.
    Abraço

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    1. Pois é D. Malu, ainda bem que encontro rebatimento no que escrevo em tantas pessoas maravilhosas como vocês.
      É sempre um prazer e alegria recebê-la aqui.
      Abraços, Malu.

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  3. Boa noite Messias.

    Muito lindo labor, esse desejo contido de somar-se descrito de forma sublime, amei, parabéns!

    Admiro muito a forma como desenvolve teus poemas, fica muito rico mesmo, obrigada pela partilha.

    Abraço, fica bem...

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    1. Oi, Lu. Grato pelo carinho de tuas palavras quando dizes que "esse desejo contido soma-se descrito..." e olha que não é nem metade do que desejo expressar como bem descreves em teus poemas.
      Um abraço, Lu.

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  4. Que intenso, poeta!
    Tuas poesia tem uma força poética, incrível!
    Uma delicia te ler, sabia?!

    Beijos!

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    1. Obrigado, amada poetisa, mas confesso que tento fugir dessa temática mas vira e mexe me desmancho nestas lamúrias. Fazer o que? É a sina dos que amam demais, se apaixonam demais e se decepcionam demais. Ainda bem que existe a poesia.
      Beijos, linda Lu.

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  5. Doce e lindo Messias, posso te dizer uma coisa?
    Os verdadeiros poetas precisam dessa demasia toda, para versejar coisas tão lindas e intensas com as que lemos aqui. Então, que os anjos digam amem e proteja a tua alma apaixonada.
    Parabéns, poeta! E nos brinde sempre, por favor!

    PS:Agora vou dar uma saidinha para agir uma cositas, mas à noite volto para ler os demais poemas. Já estou me viciando aqui.rs
    Beijo e até+

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  6. Esse vício, garanto que é recíproco, linda Lu, eu só preciso ter cuidado para não entrar numa "deprê", por que aí não sai nada literalmente compreensível.
    Grato pelo carinho, linda Lu.

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  7. É na total entrega aos versos, que chega-se ao orgasmo poético.
    E nada de deprê, combinado?

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  8. Sábias e revigorantes palavras, Lu. As seguirei enquanto o coração permitir.
    Beijos, lépida Lu

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